Bom dia!!!
Hoje é 24 de Abril dia do
meu parabéns e nada mais propicio para falar um pouco desse dia.
O dia do niver é um dia
muito esperado por todos, é um dia único em 365 dias, então ele no mínimo tem que
ser perfeito né??!!
O ano passava e eu queria
que esse dia nunca chegasse e ao se aproximar dessa data eu ficava pra baixo
total, era o dia em que todos vinham a mim e eu era de fato o foco daquele dia
pra muitos a minha volta, mas algo em mim se reprimia, se envergonhava e como
se eu não merecesse todo aquele carinho e atenção.
Tentar entender o porquê
que eu me sentia daquela forma sempre que se aproximava daquela data foi uma experiência
onde tive que voltar lá atrás no meu passado. Minha mãe sempre falava que meu
pai não queria que eu nascesse, o porém é que como ela teve uma experiência ruim
no passado com ele, cada vez que esse assunto vinha átona ele vinha carregado
de sentimentos ruins e amargos que na verdade eram dela, da minha mãe, e não
meu.
Sem ela perceber, e eu é
claro ainda criança, começou a me encharcar daquele sentimento que não foi
curado e nem tratado. Além disso, ainda era atormentador pra ela, era uma forma
dela se esvaziar e o resultado foi esse. Eu fui como uma esponja sugando todo
aquele rancor que não me pertencia.
Com o passar dos anos,
minha mãe já separada do meu pai, quando ele aparecia próximo ao meu
aniversário eu ficava muito inquieta e me vinha uma tristeza muito grande que
até anos atrás ainda me trazia muita angustia.
Bom, aquele dia que era o
dia mais lindo na vida de qualquer ser humano normal passou a ser o pior dia da
minha existência. Tudo o que eu queria é que aquele dia nunca chegasse e quando
chegava não via a hora dele ir embora. Ao amanhecer do dia lá estava lá o
telefone tocando, parabéns para cá, felicidades pra lá, e eu do outro lado
parecia que devia um mundo inteiro a todos.
E será mesmo que eu mereço
isso?? Eu me perguntava.
De onde essas pessoas tiram
que eu sou isso pra elas?? Será que sou mesmo??
Entender a minha mãe e seus
sentimentos foram meu ponto de partida. Afinal, porque que ela sempre tinha que
falar aquilo?? e porque que eu tinha que absorver como se eu tivesse sido um
erro??
Pra começar a destrinchar o
assunto ela é ela e eu sou eu e não a mesma pessoa. Criar uma separação e
distinção dela e de mim me ajudou a ver o foco do problema de outra perspectiva.
Ela teve a experiência dela e não soube lidar com isso e seu coração ainda era
preso a decepção do passado, então entender que ela não fazia isso conscientemente
me fez olhar pra dentro dela e ver que existia alguém carente e que precisava
liberar perdão.
O segundo ponto foi
entender e amadurecer a minha relação com meu pai, já que a presença dele ficou
marcada e atrelada aquele sentimento que não era meu, mas passou a ser por
causa dessa identificação que eu inconscientemente fazia de mim com minha mãe.
Entender os sentimentos
dela me fez ama-lá mais, pois via ali alguém que sofria com o passado e não
conseguia liberdade para prosseguir. De alguma forma ela queria se livrar do
sentimento e a forma que ela encontrava era falando e expondo ele. O fato de eu
ter absorvido esse sentimento ruim não é de total culpa dela e sim minha
também, que não conseguia assimilar, e fazer uma boa recepção do que chegava
até a mim. Bom, eu era uma criança, mas eu cresci e continuava com a mesma
sensação e era horrível, me dava náuseas, me sentia muito mal.
Quando chegar até nós
maturidade de idade deve-se abrir portas para a maturidade emocional também e isso
é alcançável a todos sem exceção. A questão é que precisamos olha e enxergar a
nós mesmos e o que estamos fazendo com tudo o que chega até nós. A um autor que
diz que não existe excesso de informação, existe uma má administração. E é isso
mesmo que acontece com os sentimentos e emoções que chegam até a gente, ficamos
igual a uma esponja sugando tudo o que ver e ouve pela frente.
A partir daí tudo foi
tomando o seu lugar, o que era da minha mãe era dela e o que era meu era só
meu. Quando tudo isso se esclareceu pra mim eu vi o quanto eu amava meu pai, é certo
que ele foi muito ausente e que relacionamentos íntimos eles não nascem, eles
devem ser cativados e regados. Então agora existia ela, minha mãe, meu pai e eu,
três pessoas que se amavam, cada um a sua forma.
Meu primeiro dia de
aniversário que eu fui verdadeiramente feliz foi quando eu no dia estava
grávida da minha pequena Bianca e ali o meu dia se eternizou. Ele retomou novos
significados e a partir desse dia meu dia nunca mais foi o mesmo, nunca mais
fugi dele e hoje é o meu dia preferido do ano. Amo cada telefonema, cada
palavra, para felicidades pra você. Rssss
Eu encontrei mais uma vez a
eternidade desse dia tão lindo, que é o dia do nosso nascimento, o dia que Deus
nos deus a vida em forma de presente, embalado num grande pacote chamado “ Propósito
de vida”.
Não deixe que esses
sentimentos que às vezes, nem é seu, embaçar seu objetivo de viver, de estar
viva. Nós não morremos emocionalmente de uma hora pra outra e também não nos
curamos de repente, existe um mistério a ser desvendado e cada parte de nós que
precisa ser revista, trabalhada, curada. Mas pra que isso aconteça se permita
está em você, se interiorizar, se calar e ouvir o que o seu interior está
dizendo.
O meu dia, 24 de abril ele
agora faz parte da minha eternidade, e eu sou imensamente grata ao meu Deus
criador e essência do Amor por ter me concedido tamanha graça de ter nascido.
Bjimmmm
Até breve.