sexta-feira, 24 de abril de 2015



Bom dia!!!
Hoje é 24 de Abril dia do meu parabéns e nada mais propicio para falar um pouco desse dia.
O dia do niver é um dia muito esperado por todos, é um dia único em 365 dias, então ele no mínimo tem que ser perfeito né??!! 

O ano passava e eu queria que esse dia nunca chegasse e ao se aproximar dessa data eu ficava pra baixo total, era o dia em que todos vinham a mim e eu era de fato o foco daquele dia pra muitos a minha volta, mas algo em mim se reprimia, se envergonhava e como se eu não merecesse todo aquele carinho e atenção.

Tentar entender o porquê que eu me sentia daquela forma sempre que se aproximava daquela data foi uma experiência onde tive que voltar lá atrás no meu passado. Minha mãe sempre falava que meu pai não queria que eu nascesse, o porém é que como ela teve uma experiência ruim no passado com ele, cada vez que esse assunto vinha átona ele vinha carregado de sentimentos ruins e amargos que na verdade eram dela, da minha mãe, e não meu.

Sem ela perceber, e eu é claro ainda criança, começou a me encharcar daquele sentimento que não foi curado e nem tratado. Além disso, ainda era atormentador pra ela, era uma forma dela se esvaziar e o resultado foi esse. Eu fui como uma esponja sugando todo aquele rancor que não me pertencia.
Com o passar dos anos, minha mãe já separada do meu pai, quando ele aparecia próximo ao meu aniversário eu ficava muito inquieta e me vinha uma tristeza muito grande que até anos atrás ainda me trazia muita angustia.

Bom, aquele dia que era o dia mais lindo na vida de qualquer ser humano normal passou a ser o pior dia da minha existência. Tudo o que eu queria é que aquele dia nunca chegasse e quando chegava não via a hora dele ir embora. Ao amanhecer do dia lá estava lá o telefone tocando, parabéns para cá, felicidades pra lá, e eu do outro lado parecia que devia um mundo inteiro a todos.

E será mesmo que eu mereço isso?? Eu me perguntava.
De onde essas pessoas tiram que eu sou isso pra elas?? Será que sou mesmo??
Entender a minha mãe e seus sentimentos foram meu ponto de partida. Afinal, porque que ela sempre tinha que falar aquilo?? e porque que eu tinha que absorver como se eu tivesse sido um erro??

Pra começar a destrinchar o assunto ela é ela e eu sou eu e não a mesma pessoa. Criar uma separação e distinção dela e de mim me ajudou a ver o foco do problema de outra perspectiva. Ela teve a experiência dela e não soube lidar com isso e seu coração ainda era preso a decepção do passado, então entender que ela não fazia isso conscientemente me fez olhar pra dentro dela e ver que existia alguém carente e que precisava liberar perdão.
O segundo ponto foi entender e amadurecer a minha relação com meu pai, já que a presença dele ficou marcada e atrelada aquele sentimento que não era meu, mas passou a ser por causa dessa identificação que eu inconscientemente fazia de mim com minha mãe.

Entender os sentimentos dela me fez ama-lá mais, pois via ali alguém que sofria com o passado e não conseguia liberdade para prosseguir. De alguma forma ela queria se livrar do sentimento e a forma que ela encontrava era falando e expondo ele. O fato de eu ter absorvido esse sentimento ruim não é de total culpa dela e sim minha também, que não conseguia assimilar, e fazer uma boa recepção do que chegava até a mim. Bom, eu era uma criança, mas eu cresci e continuava com a mesma sensação e era horrível, me dava náuseas, me sentia muito mal.

Quando chegar até nós maturidade de idade deve-se abrir portas para a maturidade emocional também e isso é alcançável a todos sem exceção. A questão é que precisamos olha e enxergar a nós mesmos e o que estamos fazendo com tudo o que chega até nós. A um autor que diz que não existe excesso de informação, existe uma má administração. E é isso mesmo que acontece com os sentimentos e emoções que chegam até a gente, ficamos igual a uma esponja sugando tudo o que ver e ouve pela frente.
A partir daí tudo foi tomando o seu lugar, o que era da minha mãe era dela e o que era meu era só meu. Quando tudo isso se esclareceu pra mim eu vi o quanto eu amava meu pai, é certo que ele foi muito ausente e que relacionamentos íntimos eles não nascem, eles devem ser cativados e regados. Então agora existia ela, minha mãe, meu pai e eu, três pessoas que se amavam, cada um a sua forma.

Meu primeiro dia de aniversário que eu fui verdadeiramente feliz foi quando eu no dia estava grávida da minha pequena Bianca e ali o meu dia se eternizou. Ele retomou novos significados e a partir desse dia meu dia nunca mais foi o mesmo, nunca mais fugi dele e hoje é o meu dia preferido do ano. Amo cada telefonema, cada palavra, para felicidades pra você. Rssss

Eu encontrei mais uma vez a eternidade desse dia tão lindo, que é o dia do nosso nascimento, o dia que Deus nos deus a vida em forma de presente, embalado num grande pacote chamado “ Propósito de vida”.

Não deixe que esses sentimentos que às vezes, nem é seu, embaçar seu objetivo de viver, de estar viva. Nós não morremos emocionalmente de uma hora pra outra e também não nos curamos de repente, existe um mistério a ser desvendado e cada parte de nós que precisa ser revista, trabalhada, curada. Mas pra que isso aconteça se permita está em você, se interiorizar, se calar e ouvir o que o seu interior está dizendo.

O meu dia, 24 de abril ele agora faz parte da minha eternidade, e eu sou imensamente grata ao meu Deus criador e essência do Amor por ter me concedido tamanha graça de ter nascido.
Bjimmmm
Até breve.